Apresentação do blog!
A tecnologia é hoje parte integrante das nossas vidas e vista por muitos como algo benéfico, um grande “avanço”. Eu sempre acreditei nisso e fui buscando cada vez mais incorporar tecnologia à minha vida para “facilitar” o meu dia. Com o tempo eu fui percebendo que toda essa facilitação poderia gerar um efeito colateral, um preço alto a pagar: stress, ansiedade, procrastinação e muitos outros problemas que percebi que estavam relacionados ao grande uso de tecnologia.
A minha primeira leitura nesse sentido foi “A geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros”1. Li este livro no ano de 2012 e ali o autor já alertava sobre as transformações que a tecnologia estava induzindo em nossos cérebros. Como o próprio título do livro já sinaliza, ele denuncia um novo modelo de leitura e pensamento focado em uma superficialidade, ou seja, você tem acesso a várias informações e nunca se aprofunda em nada, tem dificuldade em se concentrar e sente que a vida está passando “no automático”.
Não é exatamente assim que vivemos hoje? E foi isso que eu percebi como o lado maléfico da tecnologia. Não nos aprofundarmos é o que nos deixa estagnados em nossos estudos, relacionamentos, autoconhecimento e orações.
Ao longo dos mais de 10 anos que tenho estudado esse tema tive muitos altos e baixos (muito mais baixos do que altos). Pelas características de meu perfil pessoal e trabalho (autônomo, empreendedor, produtor de conteúdo digital e home-officer) sempre estive mais sujeito a essas influências. Passei por alguns períodos bem concentrado e focado, mas a maior parte do tempo foi na correria, agitação, ansiedade e superficialidade, contrárias à profundidade que disse anteriormente como benéfica às nossas vidas.
Nessa análise da relação com a tecnologia, o que também percebi é que essa “facilitação” proporcionada por ela pode não ser algo exatamente bom. O homem, na atualidade, tem uma vida muito facilitada, que não requer tantos esforços e, com isso, estamos vendo as pessoas mais felizes? Não! Estamos vendo uma pandemia de ansiedade, depressão e falta de sentido na vida. Tudo isso nos leva a pensar que não deveríamos ter tanta facilidade assim (se não fui claro o suficiente, veja os outros artigos do blog para seguir minha linha de raciocínio).
Mas, “por que um blog, hoje em dia?”
Hoje recebemos um excesso de informações e todas desfragmentadas e superficiais. Além disso, não somos exatamente nós que decidimos o que leremos/assistiremos, a nossa atenção é capturada através de algoritmos que analisam estatisticamente qual é a maior chance de acessarmos aquele conteúdo. Então, eles nos expõem conteúdos intermináveis, de modo que fiquemos preso àquela plataforma.
É assim que uma rede social trabalha e é exatamente o contrário que eu quero que aconteça aqui. Desejo que você esteja no controle, que escolha quando e o que pretende ler. E que o leia com profundidade e isso traga um impacto positivo à sua vida. Por isso, também é importante se inscrever para receber no seu e-mail notificações de novos posts. Sempre que eu publicar material novo você ficará sabendo.
Outra função do blog é estar em constante mutação e ser um ambiente desacelerado de interação com os leitores e de discussões mais profundas. Como eu disse anteriormente, a minha vida com a tecnologia é repleta de altos e baixos e ainda tenho refletido sobre qual é a maneira de integrá-la às nossas vidas hoje. Essa reflexão segue amadurecendo enquanto eu estudo, reflito e conversa com outras pessoas sobre o tema.
Por isso, a sua participação é fundamental. Participe comigo comentando os posts e sugerindo novos conteúdos para falarmos por aqui.
A persistência desse trabalho depende das suas interações nos posts para saber se estamos indo no sentido certo. Comente e participe para formarmos uma comunidade forte!
1- “A geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros”. Nicholas Carr. Ed. Agir. 2019. Ver na Amazon: https://amzn.to/45dH4Uh